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O porque do blog

A ideia de criar esse blog era antiga, mas ganhou forca numa aula de inglês, aqui em Vancouver, quando uma professora lamentou não saber quase nada sobre sua família de imigrantes italianos.

Da mesma forma, lamentei saber pouco sobre meus familiares, também imigrantes, e me perguntei: " o que estou fazendo para que meus descendentes saibam um pouco da historia da nossa família ? ", " por que deixar que a historia seja contada aos meus netos, se posso escreve-la em detalhes? ".

Se você quiser saber um pouco sobre imigração, cultura, politica e sociedade desde o inicio do século XX, embarque nessa viagem. Seja bem-vindo.

Abraços

terça-feira, 6 de abril de 2010

O dia-a-dia em Sao Paulo ( 1915 - 1940 )

Frederico encontrou trabalho assim que chegou, numa grande gráfica, mas nunca abandonou a paixão pelo desenho.

Tiveram 3 filhos. Em 1919 nasceu Werner, em 1920 nasceu Erica e em 1931 Ruth.

Ele tentava dar o melhor padrão de vida para a familia, interagindo bem tanto com a comunidade alemã como com a local.









Os filhos estudavam no Colégio Benjamim Constant, na Vila Mariana, antigo Colégio Alemão, onde foram alfabetizados em português e alemão.





Participavam de festas e eventos da comunidade e mantinham uma vida social ativa.

Frederico sempre considerou importante a prática de esportes e associou-se ao Clube de Regatas Tiete, zona centro norte da cidade, as margens do rio Tiete.
Lá ele pode desenvolver sua outra paixao: a natação. Teve a oportunidade de participar de diversas competições de natação no próprio rio Tiete, hoje completamente poluído, no centro da cidade de São Paulo.



De todos os filhos, Erica foi a que mais destaque teve na carreira esportiva. Ela chegou a representar o clube, ganhando muitas medalhes no arremesso de dardo e peso. Realmente ela era a estrela da familia, sendo suas conquistas notificadas em jornais e revistas da época.




Apesar de Frederico tentar manter sua vida semelhante a que tinham na Alemanha, era visivel a dificuldade de adaptação de Charlotte.

Tímida e falando o português com extrema dificuldade, Charlotte mantinha amizades com algumas familias alemães e poucos vizinhos.

A saudade dos pais, parentes e da vida cosmopolita, era enorme. Talvez pensasse secretamente em voltar, quando a Europa já não fosse um lugar tão inseguro.

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