Em meados de 1939, comovido com o estado de saúde da mãe, já bem idosa, Frederico decide ir a Alemanha.
Contrariando todos os amigos e familiares, que achavam uma loucura a viagem num momento tão conturbado na Europa, ele embarca para aquela que seria uma prova de força e subrevivência para toda a sua família.
Logo após a chegada de Frederico, houve a invasão da Polónia pela Alemanha e ele pode ver que havia cometido um grave erro, que não seria fácil regressar a sua nova pátria e família. O violino que prometera a Erica, ficou pelo caminho. A aliança, escondida em baixo da linha, foi a única coisa que o acompanhou. A casa da mãe foi bombardeada e ele capturado pelo exercito alemão que o colocou em linha de frente.
Nunca havia segurado em uma arma em sua vida e tampouco sabia atirar. O primeiro tiro de fuzil resultou no arremesso da arma para trás e o usual "coice" no ombro de Frederico. A todo momento ele via o rosto do filho nos inimigos e rapidamente atirava para o alto.
Ele sabia que seria totalmente possível disso acontecer, já que Werner estava com 20 anos e o Brasil era da Base Inimiga da Alemanha. Não sei por quanto tempo ele sobreviveu na linha de frente ate ser capturado pelo exercito russo, mas foi tempo suficiente para presenciar os horrores da guerra e obter traumas que o acompanharam ate os fins dos seus dias.
A vida no campo de prisioneiros era terrível. Viveu por muito tempo comendo casca de batatas e a misera ração dada. Ouvia noticias vagas, histórias de vitórias e derrotas de ambos os lados, conheceu muita gente, fez amizades que ficaram perdidas em sua memória e buscava forças para sobreviver e voltar finalmente para sua amada família.
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O porque do blog
A ideia de criar esse blog era antiga, mas ganhou forca numa aula de inglês, aqui em Vancouver, quando uma professora lamentou não saber quase nada sobre sua família de imigrantes italianos.
Da mesma forma, lamentei saber pouco sobre meus familiares, também imigrantes, e me perguntei: " o que estou fazendo para que meus descendentes saibam um pouco da historia da nossa família ? ", " por que deixar que a historia seja contada aos meus netos, se posso escreve-la em detalhes? ".
Se você quiser saber um pouco sobre imigração, cultura, politica e sociedade desde o inicio do século XX, embarque nessa viagem. Seja bem-vindo.
Abraços
Da mesma forma, lamentei saber pouco sobre meus familiares, também imigrantes, e me perguntei: " o que estou fazendo para que meus descendentes saibam um pouco da historia da nossa família ? ", " por que deixar que a historia seja contada aos meus netos, se posso escreve-la em detalhes? ".
Se você quiser saber um pouco sobre imigração, cultura, politica e sociedade desde o inicio do século XX, embarque nessa viagem. Seja bem-vindo.
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